quinta-feira, 9 de junho de 2011

Tecnologia x Empregos

Muitas pessoas se preocupam com a invasão tecnológica no setor produtivo. Isto se deve à substituição de mão-de-obra humana por máquinas. Onde antes existiam centenas de operários trabalhando, agora está a tecnologia e a automação, mais esta evolução não é motivo para preocupação. As pessoas precisam mudar o seu modo de sua pensar sobre o assunto, elas precisam analisar que existe todo um complexo produtivo e fabril por detraz das máquinas e que a automação, seja ela comercial ou industrial, culmina na geração de centenas de empregos, seja direta ou indiretamente. É óbvio que serão canceladas várias vagas de trabalho mais em contramão serão abertas outras várias. Vamos só analisar algumas das possibilidades de vagas criadas com o uso das máquinas. Diretamente tem o motorista ou operador da máquina, além do supervisor que direciona o rumo que a máquina deve tomar. Temos, também, os operários que fabricam e fazem a manutenção nas máquinas, os motoristas que transportam as máquinas das fábricas até o usuário final, o produtor ou cliente que a comprou. Voltando aos mecânicos e aos operários, eles não aprendem o seu ofício sozinhos, precisam aprender com alguém e com isso entram, neste cenário, os instrutores e os professores. Enfim, o emprego não desaparece, ele simplesmente evolui. O que as pessoas precisam observar é que o mundo evolui, a natureza evolui, a tecnologia evolui assim como o homem precisa evoluir também. Se o operário não quiser ficar desempregado ele precisa se reciclar, ou melhor, ele precisa evoluir, fazer cursos e aprender coisas novas, porque o mundo nunca pára, está sempre em movimento. Você não quer ficar obsoleto? Se atualize, estude e procure evoluir, porque a vida é uma escola.
 

Desemprego x Globalização

O aumento da concorrência internacional gerado pela Globalização obriga as empresas a cortarem custos diminuindo os preços. Como os países mais ricos possuem altos salários, as empresas procuram instalar suas fábricas em locais que possuam mão-de-obra barata. Com isso há uma transferência de empregos dos países mais ricos para os mais pobres.
O desemprego estrutural é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e uma das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo a mão-de-obra do homem. As fábricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e demoradas, eliminando alguns funcionários.
Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos de trabalho, gerando novas oportunidades de empregos, mas esses novos empregos exigem profissionais com boa formação e com isso o desemprego continua nas camadas mais baixas.
Não só no ramo industrial se vê o efeito da globalização no desemprego. O comércio também está
bastante atingido. As grandes empresas multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings centers vem acabando com o comércio de rua.
Por outro lado vemos a globalização funcionando no Mercosul e outros blocos econômicos. As empresas globais lançam produtos globais para conquistar mercados e ampliar os seus domínios.
" A empresa diante da economia globalizada poderá seu uma dádiva ou um tremendo problema. "
Quais as mudanças causadas pela globalização que podem aumentar o desemprego:
mudança de sede ou de um setor de multinacionais para outro país;mudança de ramo da empresa em busca de produtos competitivos;aumento da competitividade e o livre mercado;abertura de importações no país, com redução de impostos para multinacionais.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Globalização

Antes de entender como os países se adaptaram ao processo de globalização, faz-se necessário definir globalização. Não há consenso sobre um conceito fechado do que seja a globalização e sua origem. Pode-se analisar os fatos que colaboraram para os seu desenvolvimento e discutir conceitos defendidos por alguns autores. Há uma grande discussão que defende que a globalização teve seu início e começou a desenvolver-se de fato, com a empreitada européia em direção aos outros continentes. Outros defendem que começou ainda antes com a expansão do império romano por Alexandre, o Grande. O Autor Thomas L. Friedman no livro Os Lexos da Oliveira, denomina a globalização como uma vertente da fragmentação da política, que teve seu auge a partir do ano de 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, até 1989, com a queda do muro de Berlim, o que simbolizou o insucesso do Socialismo. O processo de finalização da política bipolar ocorreu em função do final da Segunda Guerra Mundial, que teve seu desenvolvimento baseado em argumentos ideológicos onde havia apenas “um inimigo” a quem se opor. Dessa maneira, a política externa mundial era baseada em princípios e disputas estabelecidas pelos países líderes dos divergentes sistemas econômicos vigentes naquele momento. A popularização do termo globalização ocorreu em meados de 1980, e rapidamente passou a ser associado aos aspectos financeiros inerentes a esse processo. Dessa forma, o processo de globalização passou a ser considerado como uma constante no mundo moderno. Há que ressaltar que esse fenômeno não se restringe apenas às transações comerciais e termos econômicos, mesmo sendo esses aspectos os principais focos do processo de globalização. Porém, é fato que, além das relações econômicas, esse processo envolve as demais áreas que integram as sociedades, como os âmbitos cultural, social e político.

Trabalho

O Mundo dos anos 90 é um espaço em transição. Isto porque, apesar do modo de produção capitalista ainda ser a forma de organização da produção material, e por conseqüência, de uma determinada organização do trabalho, passa por uma nova fase de acumulação.
Rosa Luxemburgo, sob o ponto de vista da análise marxista, já apontava algumas reflexões acerca da expansão do capitalismo pelo mundo. Analisando a fase imperialista do capitalismo, mas ainda com um formato nacionalista, ela já chamava a atenção para a necessidade do capital expandir-se por zonas territoriais onde o modo de produção capitalista ainda não era hegemônico. Isto significa que, para a manutenção da acumulação capitalista nos países industrializados, o capital das empresas nacionais precisava de mercados onde pudesse explorar as matérias-primas e a mão de obra baratas, ao mesmo tempo em que vendia seus produtos.
 No caso brasileiro, a dependência econômica  já era perceptível no período agrário-exportador, quando dependia do mercado externo, consumidor de seus produtos primários e fornecedor dos produtos industrializados, configurando-se a análise de Luxemburgo.
Hoje em dia, com o processo de globalização, onde os capitais perderam sua nacionalidade e tornaram-se voláteis como uma nuvem de chuva, que a qualquer momento pode ser levada para outro lugar por um vento forte, a dependência econômica tornou-se um pesadelo.
Em primeiro lugar, porque o desenvolvimento industrial brasileiro é frágil em dois sentidos. De um lado, porque os investimentos em pesquisa tecnológica não acompanham nem de perto o que se faz em países como os EUA e alguns países da Europa, deixando a industria brasileira dependente deste mercado. Vale ressaltar que a pesquisa desenvolvida no Brasil encontra-se no seio das universidades públicas que passam por sérias dificuldades de financiamento. [2]
 Por outro lado, o sistema  financeiro que impulsiona a renovação tecnológica de nossas indústrias não possui cabedal que lhe impute auto-suficiência. [3] Esta fragilidade coloca o desenvolvimento industrial brasileiro sobre pés de barro.
Em segundo lugar, vale lembrar que o país em alguns setores continua sendo agrário exportador. Portanto, continua vendendo barato seus produtos primários e comprando tecnologia e buscando financiamentos, que são os insumos mais caros do mercado.
A análise de Rosa Luxemburgo nos permite construir o argumento que coloca o Brasil ainda como um dos territórios que mantém a expansão capitalista, agora não mais personificados pelos países industrializados do início do século vinte, mas por entidades que extrapolam sua nacionalidade original e se manifestam no mercado financeiro mundial. A identidade das empresas transnacionais já não é relevante, mas sim o sistema que permite sua existência e seu poder que se estende acima dos Estados nacionais.
Estes aspectos, talvez um tanto simplificados, apontam para a conseqüência óbvia: o déficit da balança comercial e a dependência econômica do Brasil em relação ao mercado estrangeiro, bem como a impotência do Estado brasileiro diante do poder do mercado financeiro sobre a vida econômica deste e de outros países indiscriminadamente.
Envolvidas por este ambiente econômico temos as relações de trabalho no Brasil. Torna-se uma tarefa difícil a compreensão das relações de trabalho em qualquer país sem as considerações sobre o que acontece no restante do mundo. As ilusões em contrário se desfazem a todo instante, quando novas notícias aparecem nos jornais e telejornais das emissoras de televisão.
Se os valores da bolsa de Tóquio ou Hong Kong caem, o restante do mundo fica à mercê destes eventos. Os capitais passam a fugir das zonas de risco como o Brasil, acabando por forçar o governo a tomar precauções para que o país não fique desestabilizado.  Os juros sobem para estimular as aplicações no país, manter a cotação do real, ao mesmo tempo, desestimulam novos investimentos na produção, consumidores à consumir e o mercado de trabalho se retrai.
Falar em relações de trabalho é falar necessariamente na relação emprego x desemprego.
Em primeiro lugar, porque a globalização torna as relações semelhantes em todos os cantos do mundo. Os fenômenos sociais desenvolvem-se de maneira similar nos países desenvolvidos ou subdesenvolvidos, diferenciando-se apenas no grau de sofrimento, miséria e distanciamento das classes sociais.
Em segundo lugar, o mundo vê o homem ser substituído pela máquina no processo produtivo e o desemprego crescer de forma alarmante ao mesmo tempo em que os bolsões de miséria alargam-se.
A conclusão para este fenômeno é simples: o sistema capitalista tornou as relações entre os homens relações entre coisas, o chamado processo de reificação [4] . As leis que governam as relações entre os seres reificados são as leis do mercado. Neste troca-se objetos e força de trabalho. Se a máquina substitui a força de trabalho humana, os indivíduos que só possuem força de trabalho para trocar não tem mais o que oferecer. Estão excluídos do processo produtivo e do consumo dos produtos. Passam a fazer parte dos bolsões de miséria, sendo sua existência descartável.

Desemprego no Brasil e no mundo enteiro

O desemprego não é um problema só no Brasil; ele ocorre na Europa e em toda parte do mundo. Excetuando-se os Estados Unidos, onde a questão está minimizada pelo longo período de crescimento da economia durante o governo de Bill Clinton, nas demais partes do mundo o fenômeno é visto com preocupação. Na Europa, o problema é muito grave; no Japão, atualmente observa-se a diminuição do número de vagas no mercado de trabalho; a Coréia do Sul enfrenta a mesma situação. Nos países subdesenvolvidos, a situação não é diferente.

No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social.

A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em 1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8 horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um problema de desemprego estrutural. Vejam o exemplo do banco já citado, onde diminuem em menos da metade os postos de trabalho. Tudo é informatizado, as pessoas não precisam do caixa humano, elas vão direto ao caixa eletrônico. Esses funcionários perdem o emprego e não têm outra oportunidade, porque todos os ramos de atividade estão se modernizando, não só os bancos, mas as indústrias estão sendo robotizadas. Estão desaparecendo muitas profissões e atividades profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas. Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade têm que contribuir para encontrar uma solução.

Talvez a solução momentânea seja a requalificação profissional. Os profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno. O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar preparado.

O governo, através dos Fundos de Amparo ao Trabalhador, tem oferecido recursos para treinamentos e reciclagens aos desempregados. Essa iniciativa ajuda, pois o trabalhador, sem essa reciclagem não vai conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, mas não resolve o problema.

De modo que a questão do emprego é, hoje, a principal preocupação do movimento sindical, do Estado e, principalmente, da família, a que mais sofre com a falta de trabalho e queda da renda, agravando todos os problemas sociais. Sendo assim, a reforma sindical e trabalhista tem que ter como prioridade a procura de caminhos para impor aos governantes a execução de programas de desenvolvimento que resultem em geração de empregos.

Porém, essa não é a única saída para abrir postos de trabalho no mercado. Haja visto o que se passa no setor automobilístico, por exemplo, onde investimentos maciços e duplicação da capacidade produtiva não resultaram em geração de novos empregos. Ao contrário, com os investimentos feitos as empresas puseram em prática um amplo programa de modernização e automação, cortando milhares de postos de trabalho. Para se ter uma idéia do estrago ocorrido neste setor, basta dizer que, na década de 80 do século passado, para uma capacidade de produção de um milhão e quinhentos mil veículos, as montadoras empregavam 140 mil empregados. Hoje, para uma capacidade de produção de três milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores.

Só este exemplo mostra que, além de investimentos e programas de crescimento econômico, são necessárias outras medidas para gerar mais empregos. Hoje temos linhas completas, sistemas produtivos completos, operados por robôs. Os processos tecnológicos empregados na atualidade e mais a presença crescente da mulher no mercado de trabalho exigem uma redução drástica da jornada de trabalho, para dar emprego às centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro que precisam trabalhar.

Mas, a redução da jornada não pode ser um ato isolado e unilateral de um só país ou dois. É preciso estabelecer uma nova jornada de trabalho de caráter universal, algo como uma resolução da Organização das Nações Unidas para ser cumprida por todos os países e para ser fiscalizada a sua aplicação por um órgão tipo OIT, a Organização Internacional do Trabalho, para que não haja um desequilíbrio nos custos de produção e quebra da eqüidade competitiva entre os países no mercado mundial. E, também, para que não haja redução de salários. Aqui fica a sugestão para o governo brasileiro levar essa questão à Assembléia Geral da ONU, que se instala todos os anos no mês de setembro.

Concluídas essas considerações gerais, vamos abordar algumas das questões das chamadas reformas trabalhista e sindical, sobre as quais não existe consenso nas esferas de governo, no Congresso Nacional e nem entre as centrais sindicais existentes.

sábado, 28 de maio de 2011

taxa de desemprego



11,1% é a actual taxa de desemprego, a mais alta da história do país. Para Henrique Paranhos, membro do movimento a alternativa és tu, esta é um situação dramática, até porque desta taxa, 46% são desempregados jovens, onde se incluem muitos recém-licenciados. Para o comentador de hoje, situações destas podiam ser evitadas ao taxar devidamente as grandes empresas, que obtêm lucros elevadíssimos, e assim contribuir para que o país possa fazer novos investimentos e promover o emprego.

Também a questão do Médio Oriente foi abordada, depois de Tunísia e Egipto, agora é a vez do Iémen, Burundi, Irão, Argélia ou Sudão. As populações estão a manifestar-se e a exigir a demissão de governantes que ocupam os cargos há décadas. Para Henrique Paranhos esta é uma situação positiva, mas é necessário muito cuidado na fase de transição, pois há que assegurar que é o povo quem realmente escolhe os seus representantes, pois o Médio Oriente é uma zona com interesse para os países desenvolvidos.

Em destaque esteve também uma decisão do Ministério da Educação, que proibiu uma campanha contra a homofobia, por considerar que tem um forte cariz ideológico.

Espaço ainda para dar atenção ao colóquio "Portugal entre desassossegos e desafios" com entrevista ao coordenador, Claudino Ferreira.

A sugestão musical recaiu sobre os Air, com a faixa All I Need, e Changeling de DJ Shadow.